sexta-feira, 18 de abril de 2014

Das Selfies às Unselfies

Nova Geração...

A moda, mania, whatever...das selfies está espalhada por todo o lado. A mais famosa é sem dúvida a Selfie que Ellen Degeneres tirou nos Oscars deste ano.

Ainda antes desta moda surgir, tirei algumas selfies mas sinceramente nunca foi com o intuito de as publicar fosse onde fosse...Hoje, maioritariamente as selfies são muito para evidenciar...algo seja, 'olha, olha, onde eu estou!!', 'nhé, nhé, nhé o que comprei' ou 'roam-se de inveja com quem estou ou o que estou a fazer!'. Será que a palavra selfie derivará de 'selfish'?? Há por aí muita boa gente que necessita que outros tenham mesmo inveja delas!

Ainda num degrau mais degradante são as pessoas que tiram selfies com sem-abrigos de fundo ou em funerais. Só evidencia a falta de educação e a fraca personalidade dos seus autores.

Neste contexto, nem tudo poderá ser negativo e se fizermos uma pesquisa pela net também poderemos encontrar que existem selfies de carácter humanitário e, a muito curto prazo, decorrerá um evento mundial de selfies promovido pela (espantem-se) própria NASA, é já no próximo dia 22 de Abril (2014).

No primeiro caso, as Unselfies podem ter o lema: Capture your feelings instead yourself! Focus your camera outwards... (Capta os teus sentimentos em vez da tua pessoa! Foca a tua câmara para o exterior...) ou podemos apelar para problemas que ocorrer em todo o mundo.

Para mais: # Unselfies Por que não desenvolver algo semelhante 'dentro de portas'?

A NASA com base neste fenómeno criou um evento próprio: saiba-por-que-a-nasa-lhe-pede-que-tire-uma-selfie. E, temos direito a cartaz/placa em português no próprio site da NASA, em Global Selfie.

Pelo menos será uma selfie por uma boa causa!!




O Gato Dourado

Uma história verdadeira...

Supostamente todas as histórias começam por 'Era uma vez...', esta não! Porque não é uma história de encantar, é uma história que simplesmente sucedeu.

Gosto de gatos, bichos de natureza felina, olhar penetrante e meigos...quando lhes apetece.

Um dos meus gatos foi criado comigo desde do 1º mês de vida. Miava muito e alto, andava sempre atrás de mim pela casa e aos fins de semana tinha direito andar de carro. De seu nome 'Dourado'  - em resultado da sua pelagem ginger

Gato DouradoAo crescer passou a querer passar mais tempo na rua, armado em gato grande e dominador do território e das gatas da vizinhança. Só aparecia na janela da cozinha, qual relógio britânico, para as refeições e sestas. 

Alguns anos passaram, mais precisamente três. As rotinas foram-se instalando e também algumas brigas entre o Dourado e um gato siamês de algures que surgia para o irritar. Claro que ia sempre apartá-los e, tal como uma criança....não queria dar parte fraca de 'menino da mamã' mas agradecia, entrando em casa e ventando contra a porta fechada. Estão a ver um cruzamento de Garfield com Gato-das Botas?

Gato DouradoNo final de Fevereiro, princípios de Março,ainda tinha no pêlo o 'Janeiro dos gatos' e cada vez mais aumentava a área das suas deambulações. O Dourado interrompeu as suas rotinas e deixou de aparecer. Assim passaram 4 dias, 1 semana, 3 semanas. Dias com chuva e frio e nada do Douradinho-Dôdô. Para tristeza de todos, mentalizámos que o Dourado tinha morrido, atacado por animal, caído num poço ou apanhado uma panada de um carro.

O James teve que ser operado, fui levá-lo à Clínica e só regressei a casa depois da operação ter terminado. - a duração do jogo Real Madrid a jogar (sem o CR7) contra o Dortmund perde por 2 aos 90'. Eram umas 23 e qualquer coisa quando estava a uns 2 ou 3 Km's de casa. Sabia que ainda precisava de ir à Vila mas ía mentalmente, a pensar nas coisas que precisava fazer no dia seguinte...Falho a saída da rotunda para casa e sigo no sentido da Vila. Abrando o carro e dou por mim a pensar 'tás mesmo cansada, volta para trás!' e claro, fiz a inversão de marcha, só que em vez de entrar na rotunda, cortei por uma estrada de atalho...e passo por um gato mesmo na berma da estrada e...paro. 

Faço marcha atrás e fico a olhar para o gato...a pensar 'e se for ele...não pode...ele morreu! Estamos a 2 km's de casa, é possível um gato fazer este percurso.' Saio do carro...e dirijo-me ao gato que fica imóvel. Começo por colocar-me de cócoras e digo: Douradinho! ....o gato mia e quer vir ao me encontro mas assusta-se. Sigo-o e volto a chamar: Douradinho, dôdô! O gato simplesmente salta para o meu colo e pede festas na cabeça.

Só me ocorre: vou agarrá-lo e levá-lo para o carro mas vou sair arranhada...não pode ser ele. Assim que o agarro, não pelo cachaço mas pelas patas. Deixa-se levar, entra no carro e, por incrível que pareça, acomoda-se no banco de trás e nem um miar deu.

Não posso acreditar que ao fim de um mês o encontrei, magro, sujo, arranhado mas com o mesmo olhar doce. Assim que entra em casa, quer subir logo as escadas e quando entra no meu quarto, o quarto das suas sonecas...mia, salta para a cama 'cheguei a casa'. O mais incrível ainda, foi quando fui tomar um banho e ele queria também tomar banho, miava 'eu não sou assim, estou sujo mas não sou eu'... Dei-lhe banho depois e adorou, começou a lamber-se, a tentar relembrar a sua incrível auto-estima. Já passaram 10 dias depois do regresso, não quer ir à rua - excepto para a suas...necessidades.Ainda está débil e psicologicamente afectado. Anda sempre atrás dos nossos pés para todo o lado.

Se não estivesse cansada, se não me tivesse enganado na saída da rotunda, passava ao lado dele e nem nunca imaginaria que ali estava. Há momentos, frações de sorte!! É preciso acreditar...O Gato Dourado está de volta!